sábado, 18 de setembro de 2010

Vidas Secas

O livro Vidas Secas conta a história de uma família que sai do seu lugar de origem, o Sertão Nordestino, em busca de uma vida melhor. Graciliano Ramos narra a história de forma áspera e muito seca, o autor faz o uso de pouquíssimos diálogos entre os personagens para enfatizar a forma matuta na qual eles viviam, além disso, há o uso demasiado de expressões regionais típicas do Nordeste. A violência, neste livro, toma uma forma inocente, os personagens não possuem meios melhores de se expressar do que a forma bruta, uma vez que seu vocabulário é pequeno demais para que possam se explicar, eles acabam sofrendo pressão das pessoas superior a deles, assim ocorre no contato dos filhos com pai e o do pai com o patrão e o soldado amarelo.

Podemos comparar a história da família com a das famílias nordestinas dos dias atuais, que vão para os grandes centros urbanos em busca de emprego, educação ou simplesmente pra escapar da seca. A história é realista e possui capítulos independentes entre si, o que pode gerar certa distorção no andamento da história.

O livro pode ser considerado uma leitura rápida, uma vez que há poucos diálogos e bastante harmonia na colocação das palavras. Recomendaríamos o livro àqueles que se interessem por uma leitura mais rebuscada, pois nele há muitas palavras que não estamos contextualizados e também por ele conseguir prender o leitor de tal forma que às vezes nos sentimos caminhando pelos solos secos da caatinga.


Laís Ferrari e Jéssica Maria

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