quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Resenhas

RESENHA DE APESAR DE VOCÊ (Luan Sancho e Caroline Blaudt – 3º ano)

A música escolhida é “Apesar de você”, de Chico Buarque, criada no contexto da ditadura militar e dirigida ao presidente Médici, na época ditador. Chico e muitos outros compositores da época eram extremamente engajados no sentido de questionar a ditadura.

Segundo Chico Buarque, a letra foi enviada aos censores da época com a certeza de que seria vetada. Apesar disso, passou e foi gravada. Algo muito interessante na letra, como de diversas outras, é que se for lida com precisão é algo totalmente diferente do que queria dizer.
Na época em que a ditadura estava em vigor (1964-1985), a censura era de extremo rigor e os compositores, mesmo sofrendo várias perseguições, por parte do governo, foram extremamente corajosos ao questionar e criticar o poder ditatorial. Foram de extrema importância e até hoje são reconhecidos na sociedade.



ACORDA, AMOR - O RETRATO DE UM PESADELO (Aline Corrêa e Rafaela Mozer – 3ºano)

Os anos de 1964 a 1985 trazem à tona lembranças de uma época marcada pela dor de um povo que viu seu país ser transformado em uma ditadura. Durante este período, a crueldade foi uma constante nas ações de repressão praticadas pelo governo militar. Mas nem mesmo os cruéis atos militares ou a censura foram capazes de impedir a criação de músicas que hoje são uma espécie de retrato dos anos de chumbo.
A música Acorda amor, de Chico Buarque é um dos muitos exemplos de protesto contra o regime ditatorial. De forma bastante peculiar, o compositor vai descrevendo a ditadura como um pesadelo para o qual grande parte da sociedade estava alheia. O trecho “acorda, amor / não é mais pesadelo nada (…)” é um nítido alerta à sociedade para que a mesma acorde e veja que a ditadura é uma realidade vivida por muitos da forma mais cruel. Podemos também citar o seguinte verso: “não discuta à toa, não reclame”, que mostra claramente a repressão que oprimia o povo.
Enfim, toda a música é um claro e veemente protesto contra o governo militar. Acorda, Amor é uma das muitas lembranças de um período negro da história brasileira. Mas as imagens que são evocadas em nossa mente ao ouvir a letra são um tributo à memória daqueles que sofreram e morreram na luta por um Brasil livre da opressão ditatorial.


O Cálice que calou a arte brasileira (Amanda Mozer e Michelle Eller – 3ºano)

A música Cálice, de Chico Buarque e Gilberto Gil, conseguiu retratar o que se passava na ditadura militar sem parar na censura feita na época. É como se ela falasse sobre o cálice de Cristo, mas na verdade era o “cale-se” de calar-se, de não poder se expressar. Quando aparece na letra o verso “de vinho tinto de sangue”, é interessante notar que era derramado muito sangue devido à repressão.
A música ainda diz: “como é difícil acordar calado” e, mesmo assim, o governo nem percebeu do que a música falava. Em toda a letra podemos perceber que o eu-lírico estava contestando o que estava acontecendo na época, mas é como se estivesse confessando seus pecados a Deus.
A letra em si foi muito bem escrita, até porque naquele momento, mesmo com a censura, não era certo se calar em meio a tanta crueldade, a tanta falta de inteligência de um governo que só atrapalhou a ascensão da arte, em seu sentido total, de um povo brilhante.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Mar morto

“Mar morto” é sem duvida uma das mais populares obras do escritor Jorge Amado , nela o autor descreve o cotidiano de uma vila de pescadores que vivem no recôncavo baiano.

Devido à escrita simplificada do autor, o texto desta obra é de fácil compreensão, além de proporcionar ao leitor flashes figurativos

das palavras que estão sendo lidas.

É interessante também destacar os costumes e crenças daqueles

personagens ,que não são muito conhecidos ou são ignorados pela

sociedade contemporânea, para os pescadores da vila, iemanjá

é como se fosse uma espécie de mãe, e rainha do mar . A figura do pescador humilde e valente é tida como essencial.


Micael Souza / Amanda machado

sábado, 18 de setembro de 2010

Vidas Secas

O livro vidas secas, retrata perfeitamente a historia de uma família que tenta fugir da seca da caatinga. Neste livro podemos observar que os personagens são ignorantes e quase não existe dialogo entre eles.

Seus ideais são pequenos demais, sinhá Vitoria, por exemplo, sonha com uma cama de couro porque não aquenta mais dormir em uma de vara . Fabiano queria mesmo trabalhar ter um pedacinho de terra onde à seca não os faça imigrar para outro lugar.

Os filhos de sinhá e Fabiano nem tinham nome, eram diferenciados por filho mais velho e mais novo. Talvez falta-se criatividade para dar nome aos seus filhos ou simplesmente não conheciam variedades de nomes.

Existe também uma figura especial neste livro, a cachorra baleia que sem sombra de duvidas é a melhor companheira da família. Mas que acaba tendo um triste fim pelas próprias mãos de seu dono, a morte de baleia deixa as crianças tristes.

Fica claro então que o livro de Graciliano Ramos é uma obra muito objetiva onde infelizmente não existe lugar para grandes belezas e alegrias, resume-se em mostrar a realidade nua e crua como ela é.

Grupo: Eliane e Wagner

Quincas Berro D’água

Um marco na história do modernismo, com certeza, são as obras do escritor Jorge Amado. Em sua obra A morte e a morte de Quincas Berro D’água, ficamos “presos” a uma história que nos leva a querer saber mais e mais, a saber o desenrolar dos acontecimentos. Sua linguagem, simples e de fácil compreensão, também incorpora elementos do vocabulário baiano, já que a história se passa nas ruas da Bahia. É uma história fascinante!

Quincas Berro D’água, antes de ter uma vida boêmia, ser tratado como marginal, tinha uma família correta, trabalhava na vida pública, enfim, tinha uma rotina “normal”. Mas, na verdade, ele já estava cansado dessa vida rotineira, do casamento exaustivo, de tudo aquilo que ele estava vivendo. Quando Quincas saiu de casa foi como se ele morresse pela primeira vez. Sua família o renegou, tinha vergonha dele. Nesse contexto, o livro faz uma crítica azeda aos comportamentos burgueses.

A parte mais interessante da história é quando Quincas morre. Sua família tem vergonha de comunicar o fato e muitas confusões começam a partir daí. A família fez uma espécie de revezamento para ficar com o morto. Seus amigos de vida boêmia, que assim como ele eram “vagabundos” assumidos, acabam ficando com o morto pela madrugada, apesar de serem mal vistos pela família. É muito engraçada a parte em que os amigos de Quincas, já muito embriagados, começam a tirar suas roupas, que eram caras, pois achavam que era um desperdício e, por isso, diviram-as entre si. Começaram a dar cachaça para ele beber, achando que ele estava consciente. Depois carregaram o morto pela cidade, e, nessa parte, assim como em toda história, o leitor pode se deliciar com uma invasão de pensamentos engraçados que a leitura propõe. Jorge Amado faz uma mistura do real com o imaginário, fazendo com que o leitor tente compreender os limites dessas duas realidades. Viajamos sem sair do lugar, conhecemos outro “mundo” através da leitura deste livro que, por sinal, é um dos melhores livros que já lemos.

Por fim, Quincas acaba caindo no mar, pois seus amigos tinham o levado para passear de barco. Eles acreditavam que ele é quem tinha se jogado, quando na verdade ele estava morto e simplesmente caiu (sua “terceira” morte).

O único ponto que não gostamos foi o final do livro, pois não esclareceu certos pontos. Não falou mais nada da família de Quincas, deixando um pouco vaga essa parte. Mas, apesar disso, é um livro com muita riqueza de detalhes, também sendo difícil contar tudo.

Recomendamos a leitura desse livro!

Grupo: Amanda e Michele

Vidas Secas

O livro Vidas Secas relata a história de uma família típica do sertão que percorre a sequidão em busca de um lugar para viver. O lugar que eles procuram precisa tão somente de água e comida.

É uma família humilde, sem estudo, sem grandes sonhos ou expectativas que ficam a margem da sociedade.

O livro pode e deve ser associado à realidade, não é a nossa realidade, mas é uma realidade próxima. No dia a dia podemos observar muitas pessoas que viajam em busca de melhores condições e acabam se deparando com a miséria. Um exemplo são os nordestinos, que vão morar nas metrópoles em busca de uma vida um pouco melhor e acabam não tendo sucesso, pois a grande maioria não tem estudo e é “repudiada” pela sociedade.

Estas pessoas perdem a dignidade, são postas abaixo de nós, e seus sonhos são tão pequenos...

O país deveria lembrar e se orgulhar destes indivíduos que compõem a base da sociedade. Afinal, nunca se chega ao topo se não houver uma base.


Grupo: Cibele e Leila

Vidas Secas

O livro Vidas Secas, escrito por Graciliano Ramos em 1938, é promissor para quem deseja conhecer o estilo de tal autor, que tem como característica a escrita de forma menos rebuscada e a dor e a opressão seriam de forte influência no seu estilo literário: a Geração de 30. Influenciado pelos fatos que ocorriam no Brasil e no mundo, Graciliano expõe nessa obra a violência presente naquele período através da relação oprimido e opressor.

A história escrita se passa no sertão nordestino, relatando a vida de Fabiano e sua família, mostrando como é a realidade dos retirantes naquela época, seus desejos e anseios. Há pouco diálogo entre os personagens, fazendo com que a falta de comunicação exacerbe as ações violentas. Neste livro, Graciliano Ramos apresento-nos uma narração fantástica da historia, e de tão centrada e forte parece que ate podemos ver a alma dos personagens. Quanto ao nome, não poderia ser outro tendo em vista a crueza e a aridez da vida dos personagens, associadas ao clima local.

A estrutura dos capítulos é contextualizada de forma com que a leitura torna-se intrigante. A forma de escrita do autor não é muito detalhista, o que ajuda na compreensão e aumenta a satisfação do leitor, pelo menos ao nosso ver.

A obra é recomendável para qualquer pessoa que deseja ter uma leitura agradável, os capítulos são rápidos e podem ajudar muito a conhecer mais sobre o autor e o momento literário que está em vigor.

Graciliano Ramos foi um importante escritor brasileiro, sendo até indicado ao prêmio Brasil de literatura. Com relação ao livro Vidas Secas, não há duvidas, é um dos mais importantes, senão o mais, do período modernista.


Grupo: Luan e Caroline